vih

VIH

Um diagnóstico positivo ao VIH é sempre um momento assustador. Por isso mesmo é importante que esteja preparada com a melhor arma de todas: Informação. Esclareça aqui todas as suas dúvidas sobre o VIH.

2.2 | Transmissão do VIH

Como se transmite o VIH
A informação, sobre o modo como o Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), é transmitido de uma pessoa para outra ainda é, muitas vezes, mal compreendida. Mas ter o conhecimento básico ajuda a evitar a transmissão do vírus quer entre pessoas seropositivas ao VIH quer entre pessoas seronegativas ao VIH.

O VIH é transmitido através dos seguintes fluidos corporais:
– Sangue (incluindo o sangue menstrual)
– Fluidos sexuais:
– Sémen e outros fluidos sexuais masculinos (liquido pré-ejaculatório)
– Fluidos Vaginais
– Leite materno

O VIH não é transmitido através dos seguintes fluidos:
– Suor
– Lágrimas
– Saliva

propagação do VIH pode ser prevenida se evitar, ou pelo menos reduzir, o contacto com fluidos corporais que transmitem o VIH como o sangue, fluidos sexuais e leite materno.

Novas estratégias de prevenção oferecem mais alternativas cientificamente eficazes em relação à única opção disponível até pouco tempo atrás: o preservativo.

Entre as novas estratégias para a prevenção da transmissão do VIH destacam-se o uso do Tratamento como prevenção (TASP, em inglês, ou TcP, em português), a Profilaxia Pós-exposição (PEP) e a Profilaxia Pré-exposição (PrEP).

Tratamento como prevenção: nas pessoas a viver com o VIH o uso de medicamentos antirretrovirais faz com que alcancem a “carga viral indetetável”. As evidências científicas demonstram que as pessoas que vivem com VIH que possuem carga viral indetetável, além de ganharem uma melhoria significativa na qualidade de vida têm uma probabilidade muito menor de transmitir o vírus à outra pessoa.
Um estudo recente que comprova estas evidências é o PARTNER que demonstrou que nenhuma pessoa a viver com VIH com carga viral indetetável – gay ou heterossexual – transmitiu o VIH à/ao parceira/o serodiscordante (negativo ao VIH) nos primeiros dois anos do estudo.

– Nas pessoas negativas ao VIH em situação de elevado risco de infeção o uso consistente da profilaxia pré-exposição (PrEP) surge como método de prevenção, antes de uma possível exposição ao VIH, utilizando medicamentos antirretrovirais. Com o medicamento antirretrovírico já a circular no sangue, no momento do contato com o vírus, o VIH não consegue estabelecer-se no organismo. Evidências comprovaram que a PrEP é uma estratégia eficaz, com mais de 90% de redução da transmissão.

– Nas pessoas negativas ao VIH a profilaxia pós-exposição surge como potencial método de prevenção, após uma possível exposição ao VIH, utilizando medicamentos antirretrovirais para reduzir o risco de infeção. Esta profilaxia, usada para as pessoas que se expuseram ao VIH, é de uso diário continuado durante 28 dias. A medicação age impedindo que o vírus se estabeleça no organismo – por isso a importância de se iniciar esta profilaxia o mais rápido possível após o contato: em até 72 horas, sendo o tratamento mais eficaz se iniciado nas duas primeiras horas após a exposição. Neste período o tratamento antirretroviral pode bloquear a infeção.

Modos de transmissão 
No passado, a transmissão do VIH verificava-se, também, através de produtos derivados do sangue usados principalmente por hemofílicos. Atualmente, em Portugal, já não se contrai o VIH através de transfusões de sangue.

A forma mais comum do VIH ser transmitido de uma pessoa para outra inclui:
– Sexo desprotegido (sem preservativo ou sem outras barreiras protetoras ou sem tratamento antirretrovírico)
– Reutilização e partilha de agulhas (ou partilha de outros materiais com sangue contaminado)
– De mãe para filha/o (durante a gravidez, parto ou amamentação sem tratamento antirretrovírico)