VIH
Um diagnóstico positivo ao VIH é sempre um momento assustador. Por isso mesmo é importante que esteja preparada com a melhor arma de todas: Informação. Esclareça aqui todas as suas dúvidas sobre o VIH.
2.4 | Jovens mulheres e VIH
A adolescência é um período de mudanças e desenvolvimento cognitivo, emocional e físico. É também um período em que exploramos e experimentamos a todos os níveis nomeadamente da intimidade e da sexualidade. É por isso um período de riscos – de potenciais relações sexuais desprotegidas, de experiência com drogas e de eventual infeção pelo VIH.
“As mulheres adolescentes são um grupo particular de risco porque são mulheres; em segundo lugar porque são adolescentes; e por um terceiro grupo de motivos derivados da interação entre os dois primeiros” (Canavarro, 2004). As mulheres representam 48% das infeções VIH entre os 0-19 anos, subindo o valor para 53% na categoria ‘Portadores Assintomáticos’ ou seja nos novos casos diagnosticados.
As vulnerabilidades das jovens mulheres decorrem de diversos factores:
– Fatores biológicos (as mulheres são biologicamente mais vulneráveis à infeção numa relação sexual com homem; o tecido das paredes vaginais é frágil pela imaturidade do colo do útero e fraca produção de mucos vaginais podendo gerar lesões e facilitar a transmissão de infeções sexualmente transmissíveis como o VIH);
– Factores psicológicos (por ser um período de transição cognitiva, quando jovens tendemos a dar uma resposta imediata sem avaliar as consequências dos nossos actos; a sermos impulsivas; a pensar que apenas acontece aos outros, …);
– Factores socioculturais (crenças sobre o papel da mulher e do comportamento sexual que nos levam a idealizar a relação amorosa o que pode impedir a relação do amor/intimidade com o acto sexual e que limitam o nosso poder de negociação de uso do preservativo ou outras práticas de sexo seguro; a necessidade de agradar e a crença que o ‘amor’ protege).