VIH
Um diagnóstico positivo ao VIH é sempre um momento assustador. Por isso mesmo é importante que esteja preparada com a melhor arma de todas: Informação. Esclareça aqui todas as suas dúvidas sobre o VIH.
2.7 | Mulheres + 50 anos e VIH
O nosso corpo, à medida que envelhecemos, é acompanhado por muitas mudanças. Algumas delas relacionam-se com a genética e a predisposição para herdar as doenças dos nossos ascendentes (pais, avós) – se por exemplo eles/elas sofriam de uma doença cardiovascular então existe um maior risco de desenvolver esta doença. Outras mudanças resultam do natural e normal envelhecimento ao nível celular e respectiva redução de células (senescência).
As alterações físicas e psicológicas que ocorrem com o envelhecimento variam de pessoa para pessoa e são extremamente influenciadas pelas características genéticas e o estilo de vida adoptado. Mas algumas das alterações de saúde que se experienciam com a idade são semelhantes a alguns sintomas de infeção pelo VIH: é comum sofrer de fadiga, de debilidade imunitária, de problemas de pele, de problemas gastrointestinais, de depressão, de perda de memória, de perda de densidade óssea (osteopenia e osteoporose), de diabetes, de cancro e de doenças cardiovasculares. Alguns efeitos secundários do VIH, como perda de gordura na face e nos braços, também ocorrem naturalmente em algumas pessoas com a idade. Para alguém que envelhece com o VIH estas mudanças são mais difíceis de perceber assim como a sua causa e o respetivo tratamento.
O próprio processo de envelhecimento causa diminuição da capacidade física e mental, reduz os níveis de energia e consequentemente restringe a vida social. A estes fatores acresce o estigma relacionado com o VIH, que se associa ao estigma da velhice, tornando a carga de ser portadora de VIH duplamente pesada. Isto significa que as mulheres com mais idade seropositivas ao VIH podem sofrer de mais problemas emocionais e físicos do que as outras mulheres.
Para as mulheres com mais de 50, que vivem com VIH, existem muitas questões e preocupações únicas. Quer seja uma mulher com mais de 50 anos que descobriu recentemente que era seropositiva ao VIH, ou quer seja uma mulher que vive com o VIH há muitos anos, este período pode ser muito exigente e inquietante.
Por todas estas razões é importante que as/os profissionais de saúde e a sociedade em geral considerem as preocupações e vulnerabilidades das mulheres mais idosas. Elas merecem especial atenção e têm o direito a serem tratadas com dignidade.