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Numa relação sexual desprotegida com uma pessoa seropositiva ao VIH é possível que o parceiro não seja infetado?

Numa relação sexual com parceira/o seropositiva/o ao VIH sem proteção nem sempre há transmissão do vírus da imunodeficiência humana (VIH). Contudo, essa possibilidade é elevada e recomenda-se o uso do preservativo em todas as relações sexuais com parceiras/os seropositivas/os para evitar a probabilidade de contrair o vírus ou de outra infeção sexualmente transmissível. Do mesmo modo é importante iniciar e manter a terapia antirretroviral para evitar a transmissão do VIH e manter a sua saúde, ou seja, evitar doenças oportunistas.
Numa situação de exposição de risco deve-se realizar o teste de diagnóstico ao VIH, após três meses, para esclarecer as dúvidas em relação à transmissão. Os testes são gratuitos. Toda a relação sem preservativo é imprudente, se a carga viral se encontra detetável, mas os riscos aumentam com relação anal recetiva, durante o período menstrual ou com a presença de outra infeção sexualmente transmissível.
Os tecidos do ânus e recto são mais frágeis e deste modo mais suscetível de lesões que facilitam a infeção. Em relações vaginais, as mulheres são mais suscetíveis do que os homens, pois a concentração e a quantidade do vírus é maior no esperma do que na secreção vaginal. Na mulher a superfície exposta e o tempo de exposição é também maior.

Se não existir ejaculação durante o acto sexual é possível ser infetada/o pelo VIH?
Apesar de o VIH estar mais presente no esperma, essa não é a única forma do vírus ser transmitido numa relação sexual. O VIH está, também, presente nos líquidos pré-ejaculatórios e nos líquidos/secreções vaginais. Os fatores que aumentam o risco de transmissão do vírus, nesses casos, são: imunodeficiência avançada, relação anal recetiva, relação sexual durante a menstruação, presença de outras infeções sexualmente transmissíveis como cancro mole (cancroide ou cancro venéreo), sífilis e herpes genital. De considerar também a presença de carga viral detetável como fator de risco na transmissão do VIH. É importante, por isso, iniciar e manter o seu tratamento antirretroviral.