HIV&Women2022: vacinas COVID-19
HIV&Women International Workshop 2022
A vacina contra o COVID-19, aparentemente, foi desenvolvida rapidamente. Mas apenas aparentemente, porque de facto já se encontrava em estudo desde 2013 aquando do MERS e outros coronavírus.
E ao longo dos anos foram desenvolvidas vacinas com diferentes estratégias. De acordo com o Coronavirus Vaccine Tracker existem 119 vacinas em ensaio clinico em humanos e 49 alcançaram as fases finais de testagem.
Pode encontrar o link aqui.
Outro link para sabermos mais sobre as vacinas aqui. E da OMS aqui.
As vacinas foram desenhadas para evitar a gravidade da doença e a mortalidade e não prevenir a transmissão.
A terceira dose, segundo estudo em Israel que incluiu 51% de mulheres, demonstrou ser eficaz contra a gravidade da doença em 92%, a admissão hospitalar (93%) e morte (81%).
Sabemos que é seguro e imunogénico a toma de diferentes vacinas, diferentes regimes.
Regimes de boost da vacina Covid-19 são seguros para adultos que completaram a sua série de vacinação há pelo menos 12 semanas.
E a quarta dose? 4 em 10 pessoas clinicamente vulneráveis geram baixas concentrações de anticorpos comparativamente às pessoas saudáveis depois de duas doses de vacina. Por isso, para as pessoas vulneráveis uma quarta dose é benéfico pois as concentrações de anticorpos aumentarm cinco vezes uma semana depois da quarta dose, o que aumenta a proteção contra a infeção, admissão hospitalar e sintomatologia grave.
Nas pessoas com 60 anos ou mais a quarta dose aumenta a proteção contra a infeção até duas vezes, comparativamente às/aos vacinadas/os previamente com a terceira dose. A quarta dose protege 3 vezes mais contra doença grave comparativamente a quem tomou a terceira dose. Mas estes benefícios não se verificaram na população mais jovem e saudável.
Outro factor a considerar: As vacinas são importantes para evitar os sintomas do longo Covid-19.
A vacinação com pelo menos duas doses de vacinas contra Covid-19 está associado a uma substancial diminuição dos sintomas mais comuns. A vacinação para além de reduzir os risco de doença aguda, protege contra o Covid longo.
A vacinação das grávidas induz uma resposta de anticorpos durável nas e nos respetivos bebés.
Mas as desigualdades na vacinação permanecem um dos maiores desafios. As regiões e países com maior rendimento estão a ser vacinadas a um ritmo 10 vezes mais rápido que as outras regiões. Mas ninguém está segurx enquanto não tivermos todxs segurxs!
E qual o futuro das vacinas?
As variantes do coronavírus colocaram desafios à eficácia das atuais vacinas. Uma vacina que possa prevenir a infeção causada por variantes conhecidas e futuras assim como a infeção com pre-emergentes “sarbecovirus” (i.e. aqueles com potencial de causar doença nos humanos no futuro) é o ideal. Pretende-se seguir uma estratégia de vacinas univerais (“pan-sarbecovirus”).
A Moderna já se encontra a trabalhar em várias vacinas contra o dengue, Ebola, malaria, Marburg, febre de Lassa e mesmo VIH.
Resumo:
- Demorou menos de 1 ano a desenvolver e licenciar uma vacina contra um novo patógeno.
- Em menos de dois anos 5 vacinas seguras e eficazes foram licenciadas na EU.
- Mesmo perante variantes altamente transmissíveis como a ómicro BA.1 e BA.2 existe uma boa eficácia, das vacinas, contra a doença grave, hospitalização e morte.
- É importante assegurar que estas vacinas são distribuídas equitativamente no mundo.
Fonte: Marylyn Addo