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AFEÇÕES

Com o diagnóstico do VIH e respetivo tratamento podem surgir algumas manifestações e efeitos secundários que convém conhecer. Descubra quais são as principais afeções e aprenda a melhor forma de lidar com elas.

4.3 | Depressão

A depressão é um problema grave para muitas mulheres que vivem com o VIH. Alguns estudos demonstram que quase 60% das mulheres que vivem com VIH apresentam sinais de depressão e 75% manifestam sintomas de depressão. As mulheres que vivem com VIH tendem a deprimir mais dos que homens.

Vários fatores contribuem para os elevados níveis de depressão desde o impacto de uma doença crónica altamente discriminante como o VIH, às terapêuticas que deformam os nossos corpos e que interferem na forma como nos vemos a nós próprias minando a autoestima e autoconfiança, que aliadas à incerteza do futuro afetam o nosso estado emocional.

A infeção pelo VIH, tal como outras doenças crónicas, é muitas vezes sentida como uma situação ameaçadora que exige recursos internos para uma melhor adaptação à doença e pode desencadear reações psicopatológicas como ansiedade, depressão ou somatização, existindo uma conexão entre as emoções negativas, a adaptação conseguida e a qualidade de vida das pessoas infetadas (Ouakinin, 2000).

Por outro lado, as mulheres são mais afetadas pelo desemprego, auferem normalmente rendimentos mais baixos que os homens e são, portanto, mais afetadas pela pobreza. As relações sociais e a vivência de uma vida sexual ativa e saudável podem estar enfraquecidas ou mesmo inexistentes devido ao estigma associado ao VIH.

As/Os cientistas consideram a depressão crónica como fator de influência no declínio dos CD4, assim como, a depressão é uma das principais causas para a não aderência aos ARV.

Se está deprimida é mais provável que falhe as doses ou cometa erros com a toma (falhe os horários, tome as doses erradas, não ingira os alimentos com os ARV). A não aderência pode gerar resistências e a perda de eficácia dos ARV. E deste modo elevar a carga viral e diminuir os CD4.