AFEÇÕES
Com o diagnóstico do VIH e respetivo tratamento podem surgir algumas manifestações e efeitos secundários que convém conhecer. Descubra quais são as principais afeções e aprenda a melhor forma de lidar com elas.
4.4 | Lipodistrofia
As pessoas que vivem com o VIH lidam com inúmeros desafios. Os anos 90 foram marcados pela lipodistrofia, um dos desafios mais perturbantes, que causa visíveis alterações na aparência e forma do corpo. A nossa autoestima, autoconfiança e identidade de mulher pode ser afetada pela imagem distorcida pelas síndromes da lipodistrofia (lipohipertrofia e lipoatrofia), com a inscrição da doença no corpo e na imagem. Estas síndromes implicam dramáticas mudanças na distribuição de gordura com um profundo impacto na imagem física e percecionada. Apesar dos atuais ARV não produzirem estes efeitos tão negativos, muitas pessoas adquiriram a lipodistrofia no passado ou ainda tomam ARV mais antigos.
A lipodistrofia, ao deformar os nossos corpos, pode interferir na forma como nos vemos a nós próprias e reduzir a autoestima e autoconfiança. Assim como, interferir na forma como somos vistas pelos outros ao internalizar o estigma social e gerar o medo de ser identificada. Estes fatores para além de diminuírem a qualidade de vida afetam o estado emocional podendo levar à depressão.
A lipodistrofia, atualmente, não afeta, tanto como no passado, as pessoas que vivem com VIH.
O que significa lipodistrofia?
O termo lipodistrofia é usado para descrever as alterações de distribuição de gordura no corpo assim como problemas metabólicos associados.
As alterações de distribuição de gordura são visíveis através do ganho de gordura (lipohipertrofia) no estômago, mamas, parte de trás do pescoço e zona púbica (lipoma); ou perda de gordura (lipoatrofia) nos braços, nádegas, rosto e pernas. A perda de gordura nos braços e pernas pode tornar as veias visíveis e salientes.
As mulheres, quando existe lipodistrofia, tendem para a lipohipertrofia ou ganho de gordura no estômago e mamas.