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A maior parte de nós não está preparada para um teste positivo ao VIH(vírus da imunodeficiência humana). Qualquer que seja a situação em que descobriu a sua seropositividade é sempre difícil:

– Se descobrimos quando o parceiro adoeceu ou morreu de VIH/SIDA, temos de aprender a lidar com esta situação em que parece que tudo se desmorona na nossa vida.

– Muitas, de nós, adoecem após serem infetadas pelos parceiros. O parceiro podia desconhecer a sua seropositividade ou não quis confrontar-nos com a verdade. Nestes casos, por vezes, a mulher é a primeira a ser diagnosticada. E, em alguns casos, acontece sermos rejeitadas pelo parceiro que nos infetou.

– Muitas de nós fomos diagnosticadas grávidas e ficamos preocupadas não só com o diagnóstico mas também com a saúde do nosso bebé.

– Acontece conhecermos a nossa seropositividade quando estamos numa nova relação e não sabemos como contar ao novo parceiro/s.

– Podemos conhecer o diagnóstico depois da utilização de substâncias endovenosas e temos de lidar com uma nova realidade.

– Sabemos que somos seropositivas desde que nascemos.

Qualquer seja a situação, um diagnóstico positivo ao VIH altera a nossa vida. Mas essa alteração não tem de ser negativa. Podemos começar a apreciar e a valorizar mais a vida, a fazer o que realmente gostamos e a procurar a felicidade.

Ser seropositiva ao VIH significa que podemos continuar a amar, a ter uma vida sexual e afetiva, a ter filhas/os, a ter o nosso trabalho, enfim significa continuar a ter uma vida normal.

É certo que existem muitos desafios, mas as dificuldades ultrapassam-se e tornam-nos mais fortes.

Desafios como informar a seropositividade a um potencial parceiro, ou à família; viver a sexualidade; lidar com preconceitos e com o estigma; … E por vezes é necessário reaprender a viver, sobretudo para as mulheres que foram infetadas há 20 anos quando o VIH era uma sentença de morte.

Viver com o VIH, actualmente, é viver com uma doença crónica. Há que ter mais cuidado com o corpo, com a alimentação. É também o iniciar de terapias que muitas vezes têm efeitos secundários. É aprender a lidar com esses efeitos secundários e sobretudo minimizá-los e se possível eliminá-los.

Neste novo percurso obtenha o apoio de profissionais de saúde (médicas/os, psicólogas/os, psiquiatras). Cuide do seu corpo e da sua mente. Invista na sua vida pessoal e não se isole. Se precisar de falar sobre as suas preocupações em relação ao VIH escolha pessoas em quem confie, contacte os profissionais de saúde ou grupos de apoio e auto-ajuda.

A SERES promove vários grupos de apoio e auto-ajuda informais, em todo o país, para mulheres seropositivas.

Viva positivamente! Contacte-nos!