Privação do sono associada a ARV
Healthy Living 2021
Benjamin Goorney, Bolton NHS Foundation Trust, Reino Unido
Privação do sono e VIH
– de acordo com estudos 30% da população em geral sofre de privação de sono, essa percentagem é superior nas pessoas com VIH: 52% sofrem de insónia, 73% de reduzida qualidade do sono.
– as taxas de insónia são cinco vezes superiores entre as pessoas com VIH comparativamente às pessoas sem VIH, na população com mais de 50 anos (estudo Poppy)
– factores de risco psicossociais – depressão, ansiedade, drogas recreativas e duração da infeção por VIH ou tempo em antirretrovirais (ARV), estão todos fortemente associados com aumento de problemas de sono.
Problemas de sono no VIH – qual o papel dos ARV
– O Efavirenz é conhecido pelo seu efeito neuropsiquiátrico com problemas de sono (35% comparativamente com 4% dos inibidores da protease)
– evidência emergente de estudos de amostra relativos aos inibidores da integrase, como a descontinuação do dolutegravir devido a problemas de sono, sendo o risco maior entre mulheres com mais de 60 anos.
– estudos de substituição de antirretrovirais – DTG/ABC/3TC para BIC/FTC/TAF; e de EFV/FTC/TDF para BIC/FTC/TAF – ambas as substituições melhoraram os problemas de sono.
Estudo realizado, com 37 pessoas a viver com o VIH, que responderam ao questionário (Pittsburgh Sleep Quality Index), com uma média de idades de 40 anos, 24% mulheres, 60% com problemas correntes ou prévios de problemas mentais, com carga viral inferior a 200 cópias (92%), com uma média de CD4 de 971 células, com uma média de toma de ARV de 9.6 anos, 46% tomam antidepressivos/antipsicóticos.
– o estudo identificou um elevado nível de reduzida qualidade de sono
– problemas de saúde mental associam-se a problemas graves ou moderados de qualidade de sono
– uma significativa melhora na qualidade de sono nas pessoas que mudaram de ARV acompanhado de aconselhamento para o sono
