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Apresentado no CROI 2018 (Conferência em Retrovírus e Infeções Oportunistas) este estudo demonstra que o enfarte de miocárdio pode ser reduzido com a substituição do abacavir.
Várias directrizes, como as britânicas, já recomendam a não utilização do abacavir em pessoas com risco elevado de doença cardiovascular.
Encontre o estudo em:
- Mallon P et al. Platelet function upon switching to TAF vs continuing ABC: a randomized substudy. 25th CROI, 4-7 March 2018, Boston. Oral abstract 80.
www.croiconference.org/sessions/platelet-function-upon-switching-taf-vs-continuing-abc-randomized-substudy (abstract)
www.croiwebcasts.org/console/player/37179 (webcast) - Mallon P et al. Change in soluble glycoprotein VI (SGPVI) when switching from ABC/3TC to TAF/FTC. 25th CROI, 4-7 March 2018, Boston. Poster abstract 677LB
www.croiconference.org/sessions/change-soluble-glycoprotein-vi-sgpvi-when-switching-abc3tc-tafftc (abstract and poster) - Kirk A Taylor et al. Comparative impact of antiretrovirals on human platelet activation. 25th CROI, 4-7 March 2018, Boston. Poster abstract 673.
www.croiconference.org/sessions/comparative-impact-antiretrovirals-human-platelet-activation (abstract and poster) - Victor Collado-Diaz. Leukocytes are key to the pro-thrombotic effects of abacavir. 25th CROI, 4-7 March 2018, Boston. Poster abstract 674.
www.croiconference.org/sessions/leukocytes-are-key-pro-thrombotic-effects-abacavir (abstract and poster) - Hsue P et al. Comparing strategies for reducing myocardial infarction rates in HIV patients. 25th CROI, 4-7 March 2018, Boston. Poster abstract 692.
www.croiconference.org/sessions/comparing-strategies-reducing-myocardial-infarction-rates-hiv-patients (abstract and poster)
Artigo inicialmente publicado por HIV i-base.
- Mallon P et al. Platelet function upon switching to TAF vs continuing ABC: a randomized substudy. 25th CROI, 4-7 March 2018, Boston. Oral abstract 80.
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Depois da presença em locais públicos, no cinema e do site www.vihmaisdoqueserpositivo.pt – base da campanha e que está continuamente a ser atualizado com nova informação -, a campanha “VIH é” chega agora à SIC e à FOX com um spot de 15’ a que Pedro Fernandes dá voz. Relembramos que “VIH é: Mais do que ser positivo” é uma campanha sobre a infeção por VIH para o público em geral focada na qualidade de vida. Trata-se de uma campanha que pretende informar e esclarecer as pessoas que vivem com VIH, os seus familiares, bem como a população em geral, sobre a infeção por VIH, os factores de risco e a gestão de comorbilidades associados à doença, com o objectivo de promover a literacia em saúde e a qualidade de vida dos doentes.
‘VIH é’ uma campanha da Gilead para saber mais em:
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Cientistas da Universidade de Waterloo estão a desenvolver um novo diapositivo que pretende proteger as mulheres da infeção pelo VIH, tendo-se inspirado num grupo de mulheres quenianas que são naturalmente imunes ao vírus.
Dr. Emmanuel Ho, desta universidade, projetou o dispositivo que pretende imitar o que protege um grupo único de profissionais do sexo no Quênia que apresentam uma imunidade natural ao VIH. Estas mulheres têm baixos níveis de atividade nas suas células T, que são as células que o sistema imunológico envia para a ação sempre que um vírus entra no corpo.
Normalmente, as células T tornam-se células de ‘combate’ e matam os vírus infetantes, mas Ho explica que o VIH supera as células T ao corrompê-las e destruí-las.
Quando os níveis de células T caem, o corpo fica vulnerável até mesmo às infeções mais ligeiras. Mas se as células T estão “em pausa” e não tentam combater o VIH, este virus não tentará destruí-las. Esse estado de repouso de células T é chamado de “imune quiescente”.Ho decidiu investigar se havia uma maneira de induzir a quiescência das células T, nas mulheres, através de uma medicação colocada no ponto de infeção na vagina. Ho decidiu experimentar a hidroxicloroquina, um medicamento comumente usado para prevenir a malária, e para tratar a artrite reumatóide e outras doenças autoimunes. Para tal utilizou um implante vaginal.
Os implantes foram testados em animais tendo-se observado uma redução na ativação das células T.
Este implante é proposto como alternativa aos comprimidos. Saberemos mais daqui a 5 anos quando a equipa se propoe testar em humanos.
Encontre o artigo aqui.
Imagem CTV News.
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Pela primeira vez, as pessoas que vivem com VIH estão a viver esperanças de vida praticamente normais. Os avanços na medicina permitem que mais mulheres que vivem com o VIH (MVVIH) experienciem a menopausa. Infelizmente as especialistas em VIH têm pouca experiência na gestão da menopausa e as médicas de clinica geral detêm pouca experiencia com o VIH. Que conjuntamente com a escassa informação e pesquisa relativa a menopausa e VIH coloca as MVVIH com limitado acesso aos cuidados e tratamentos.
Post Reproductive Health publicou uma revisão de dados relativos ao VIH e menopausa.
As MVVIH encontram-se em elevado risco aquando do aumento da sua esperança de vida. Tanto a menopausa como a infeção por VIH aumentam o risco de doença cardiovascular, baixa densidade mineral óssea, osteoporose e diagnósticos de saúde mental.
O tratamento hormonal para a menopausa é subutilizada pelas MVVIH devido a preocupações com as interações medicamentosas.
O estrogênio transdérmico é preferível para as MVVIH porque estão associados a uma menor risco de tromboembolismo venoso que as preparações orais. A farmocinética antirretroviral não diferencia entre MVVIH pré e post-menopausa.
O VIH pode estar relacionado com a menopausa precoce e os dados são conflituosos.
As MVVIH com menopausa merecem o mesmo acesso à informação, cuidados que as outras mulheres com menopausa. adequado conhecimento é essencial para o tratamento e uma comunicação multidisciplinar é primordial para o bem estar das MVVIH em transição para a menopausa.
Encontre o artigo aqui.
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A notícia vem do Reino Unido, mas podia ser de Portugal, devido ao enfoque nos homens que têm sexo com homens as mulheres têm sido deixadas de fora nos serviços VIH.
Tal como no Reino Unido, em Portugal as mulheres representam um terço das infecções e metade vivem no limiar da pobreza e com doença mental.
As mulheres não são uma prioridade e portanto as respostas ao VIH não as incluem.
A noticia aqui.
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Estudo, publicado na revista The Lancet, revela que as pessoas infetadas pelo VIH que mais beneficiam com o inicio imediato da terapia antirretroviral são:
- as pessoas assintomáticas (sem sintomas),
- com CD4 acima das 500 células por μL,
- com mais de 50 anos,
- com um reduzido ratio Cd4/CD8,
- com elevada carga viral.
Estas pessoas, de acordo com o estudo, devem ter prioridade para o inicio imediato da terapêutica antirretroviral.
Encontre o artigo aqui.
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Na Suiça surgiu um novo projeto ‘True Talks’ (conversas verdadeiras) que coloca pessoas que lutam contra a discriminação em frente da câmara.
Nesta semana, Jenni fala-nos sobre viver com uma grave doença. Ela VIH-positiva e diz-nos que algumas pessoas têm vergonha de ser amiga dela. Mas também acredita que muitas pessoas na situação dela vivem mais tempo que as pessoas VIH-negativas, porque tomam mais cuidado com a sua saúde.
Encontre o video aqui.
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Neste artigo escrito aquando de um evento da Positively UK, o autor refere a invisibilidade das mulheres que vivem com VIH na arte e na medicina (acrescentaria, também, nas prioridades).
No livro de Sue O’Sullivan e Kate Thomson, a pesquisadora Emily Scharf escreve:
Por que são as mulheres invisíveis? Quando começamos a fazer esta pergunta, vemos, através da referência do VIH, todos os problemas que existem nas nossas sociedades em todo o mundo, incluindo os comuns para as mulheres. O VIH destaca todas as questões em torno das posições das mulheres na sociedade: muitas vezes mais pobres; com menor acesso a cuidados de saúde para si próprias; pouco apoio nos seus papéis como cuidadoras para xs outrxs; e em posições menos poderosas para negociar relacionamentos, incluindo os aspectos sexuais das relações, mais especificamente o sexo mais seguro.
A invisibilidade das mulheres que vivem com VIH resulta de uma complexa inter-relação de violência e discriminação.
Fonte aqui.
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Enquanto as mulheres que vivem com o VIH apresentam maior risco de infeção pelo vírus do papiloma humano (VPH) do que as mulheres que não vivem com o VIH, o tratamento antirretroviral e a maior contagem de células CD4 + reduzem a probabilidade de adquirir VPH, conforme meta-análise publicada na AIDS. O VPH pode causar cancro cervical entre outros.
Neste estudo, viver com o VIH também foi associado a um risco maior de lesões escamosas intraepiteliais. No entanto, a maioria dessas lesões foi de reduzido grau. A prevalência de lesões de alto grau – que podem progredir para cancro cervical – foi apenas ligeiramente elevada entre as pessoas que vivem com VIH em comparação com o grupo não-VIH. A progressão do VPH entre mulheres com contagem de células CD4 +> 500 células / mm3 não diferiu das mulheres sem VIH. O tratamento antirretroviral melhorou a capacidade das participantes para eliminar o VPH, o que diminui o risco de desenvolver lesões pré-cancerosas.
As/Os autores do estudo identificam áreas onde mais pesquisa é necessária, para aferir o risco de cancro cervical entre as mulheres cujo VIH se encontra suprimido.
Encontre o artigo original aqui.
