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Existem dois tipos de vírus VIH que as pessoas podem contrair, conhecidos como tipo 1 (ou VIH-1) e tipo 2 (ou VIH-2). O tipo 1 é de longe o mais comum.
Dentro do tipo 1, existem quatro grupos diferentes (M, N, O e P), sendo o grupo M (de “major”) o mais prevalente. O grupo M divide-se ainda em vários clados ou subtipos diferentes. Por exemplo, o subtipo B é o mais prevalente na América do Norte e na Europa, enquanto o subtipo C predomina em grande parte da África subsariana e noutras partes do mundo.
O tipo e o subtipo viral podem ser encontrados no relatório do ensaio de resistência do genótipo. Geralmente, os subtipos do VIH-1 são todos tratados da mesma forma e não afectam a tomada de decisões clínicas.
O VIH-2, por outro lado, é suficientemente diferente do VIH-1 do ponto de vista biológico, o que conduz a diferenças importantes no diagnóstico, na progressão da doença e no tratamento.
Cerca de 1 a 2 milhões de pessoas no mundo vivem com o VIH-2. É endémico na África Ocidental e nas antigas colónias portuguesas, como Angola, Brasil, partes da Índia e Moçambique.
- As pessoas que vivem com o VIH-2 têm geralmente uma carga viral mais baixa quando não estão sob terapêutica antirretroviral (TAR) do que as pessoas que vivem com o VIH-1. Por esta e outras razões, o declínio das células T CD4 ao longo do tempo é tipicamente mais lento – e a progressão clínica fora da TAR para VIH avançado e infecções oportunistas geralmente demora mais tempo – quando comparado com o VIH-1.
Dito isto, sem TAR, uma pessoa com VIH-2 acabará por evoluir para SIDA, pelo que se recomenda o tratamento. O VIH-2 é geralmente considerado menos transmissível do que o VIH-1, possivelmente devido aos níveis mais baixos de carga viral e a outros factores biológicos. - A principal razão pela qual um ensaio de diferenciação (ou seja, um teste de anticorpos que diferencia o VIH-1 do VIH-2) foi adicionado ao algoritmo de diagnóstico do VIH foi para evitar que a presença do VIH-2 não fosse detectada. Se uma pessoa tiver VIH-2, o ensaio antigénio-anticorpo terá normalmente um resultado positivo, mas o teste não consegue distinguir o VIH-1 do VIH-2. Assim, o ensaio de diferenciação foi concebido para detetar se uma pessoa tem anticorpos contra o VIH-1, anticorpos contra o VIH-2, ambos ou nenhum.
- O VIH-2 pode desenvolver resistência à terapia antirretroviral, mas, até à data, não existem ensaios de resistência ao genótipo do VIH-2 disponíveis no mercado.
- Os regimes iniciais de TARV atualmente recomendados, que são baseados em inibidores da integrase, são todos geralmente eficazes contra o VIH-2. No entanto, se uma pessoa estiver a viver com o VIH-2, nunca deve mudar para um regime de TARV que inclua um NNRTI; por exemplo, cabotegravir/rilpivirina injetável de ação prolongada ou qualquer rilpivirina devem ser evitados. Da mesma forma, a doravirina, o efavirenz ou outras opções de NNRTI também devem ser evitadas.Além disso, o inibidor de ligação fostemsavir e o inibidor de gp41 enfuvirtida também são considerados ineficazes contra o VIH-2.
Os agentes mais recentes de outras classes, como o inibidor do capsídeo lenacapavir e o inibidor pós-ligação ibalizumab, são suspeitos de serem eficazes com base em dados in vitro, embora a experiência clínica com estes medicamentos no tratamento do VIH-2 seja limitada. Dos inibidores da protease potenciados, o darunavir potenciado parece ter maior atividade do que o atazanavir potenciado.
Em resumo, o VIH-2 deve ser tratado com um inibidor da integrase – ou, como alternativa, com TARV potenciada à base de darunavir – e nunca com um NNRTI. Em resumo, o VIH-2 não responde aos NNRTI, pelo que a TARV à base de inibidores da integrase ou à base de darunavir potenciado são os pilares da terapia do VIH-2.
Fonte: 2024 HealthCentral LLC
- As pessoas que vivem com o VIH-2 têm geralmente uma carga viral mais baixa quando não estão sob terapêutica antirretroviral (TAR) do que as pessoas que vivem com o VIH-1. Por esta e outras razões, o declínio das células T CD4 ao longo do tempo é tipicamente mais lento – e a progressão clínica fora da TAR para VIH avançado e infecções oportunistas geralmente demora mais tempo – quando comparado com o VIH-1.
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A Seres apresenta Conversas na Positiva – Mães na Positiva, com o apoio da Secretaria de Estado da Igualdade e Migrações.Nestas Conversas contamos 3 histórias de mulheres, histórias de vida reais sobre quem teve de lidar com a maternidade.Ser mãe a viver com o VIH é completamente diferente nos nossos dias comparativamente às décadas de 80 e 90. Os avanços biomédicos têm sido extraordinários.Atualmente com o tratamento e os cuidados adequados para o VIH, as mulheres com VIH podem ter filhos e amamentar sem medo de que o vírus passe para o ou a bebé. Se bem que sobre a amamentação existem diferentes directivas consoante os países.A transmissão do VIH de mãe para filho é agora rara em Portugal devido à disponibilidade de tratamento eficaz contra o VIH.Um tratamento eficaz também pode prevenir a transmissão sexual do VIH – por isso a conceção natural é uma opção mesmo que um dos parceiros não tenha o vírus. É importante iniciar o tratamento o mais cedo possível para ter a carga viral indetetável, ou seja, ter uma quantidade de vírus tão residual que não se transmite. Indetetável igual a intransmissível.Oiça as histórias de quem desafiou e ultrapassou os medos e as crenças existentes, de outras que não e outras só recentemente descobriram que podiam ser mães e concretizaram os seus sonhos.
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Esta é a parte 2 – Envelhecimento que apreensões? O sétimo vídeo (de uma série de 10). Esta é a nossa 23ª Conversas na Positiva.A SERES apresenta Conversas na Positiva, para uma maior literacia em VIH, inserido no seu projecto SERESilient, com o apoio da AHF.O VIH não tem cura, mas é possível a prevenção e o tratamento. Atualmente uma pessoa com VIH tem uma esperança de vida equiparada a uma pessoa sem VIH. Faça o teste ao VIH! E inicie o tratamento se for caso disso. Mais Informação para menos preconceito.Com Raquel Freire | Isabel Nunes | Judite Corte-Real, e a nossa convidada especial Dra. Umbelina Caixas.A todas o nosso Obrigada!
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A SERES apresenta Conversas na Positiva, para uma maior literacia em VIH, inserido no seu projecto SERESilient, com o apoio da AHF.Neste sexto vídeo (de uma série de 10): Envelhecimento, que apreensões?- parte 1. (Esta é a nossa 22º Conversas na Positiva).O VIH não tem cura, mas é possível a prevenção e o tratamento. Atualmente uma pessoa com VIH tem uma esperança de vida equiparada a uma pessoa sem VIH. Faça o teste ao VIH! E inicie o tratamento se for caso disso. Mais Informação para menos preconceito.Com Raquel Freire | Isabel Nunes | Judite Corte-Real, e a nossa convidada especial Dra. Umbelina Caixas.A todas o nosso Obrigada!
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- Somos 18 388 mulheres a viver com VIH, em Portugal, num total de 66 061 casos acumulados desde 1983.
- Em Portugal, em 2022, as mulheres representam um terço (24,5%) do total dos novos casos VIH.
- Nas mulheres, o maior número de novos casos e a taxa mais elevada de diagnósticos registaram-se no grupo etário dos 30-39 anos.
- 44% dos casos totais por via heterossexual.
- Na categoria heterossexual as mulheres representam 48% das infeções (184 mulheres para 199 homens).
- O modo de transmissão heterossexual é o predominante entre as mulheres (93,4%).
- 10,7% das mulheres conhecem o seu diagnóstico tardiamente já em estadio de sida (para 19,6% dos homens heterossexuais).
- 55% das mulheres tiveram diagnóstico tardio (para 66,3% dos homens heterossexuais).
- 24,2% dos casos de sida são em mulheres com mais de 60 anos. (o valor mais elevado é dos 30-39 anos com 27%). Os novos casos de sida no modo de transmissão heterossexual é de 87,9% nas Mulheres.
- “Portugal tem sido um dos países com a taxa mais elevada de diagnósticos de SIDA no conjunto dos países da União Europeia e as taxas anuais observadas têm valores de aproximadamente o triplo da taxa média europeia”
- Foram comunicados 151 óbitos, ocorridos em 2022, em doentes infetados por VIH, dos quais 68 (45,0%) em estádio SIDA. Sobretudo em homens 74,8%.
- VIH2: Todos os anos são diagnosticados e notificados casos de infeção por VIH-2 em Portugal. Nos 2 135 casos acumulados as infeções ocorreram maioritariamente em mulheres (52,8%; 1 127/2 135), a idade mediana à data do diagnóstico foi de 44,0 anos e 66,3% (1 373/2 135) residiam da Área Metropolitana de Lisboa à data de notificação. A informação relativa à naturalidade revela que 56,6%% (1 208/2 135) eram originários de países da África Subsariana, a maioria destes (73,5%; 687/935) da Guiné-Bissau. Foi referida transmissão por contacto heterossexual em 83,7% (1 787/2 135) dos casos que reportaram infeção por VIH-2. Atingiram o estádio SIDA 32,5% (693/2 135) dos casos em análise, ainda neste grupo foram comunicados 584 óbitos.)
- “O trabalho sexual constitui um risco acrescido para a infeção por VIH, que por vezes é assinalado nas notificações clínicas. Foi efetuada uma revisão do total de registos e em 100 casos foi encontrada refe[1]rência a corresponderem a trabalhadores do sexo. A análise das características destes casos revelou que em 90,0% o diagnóstico foi efetuado em Portugal, em 42,0% este ocorreu entre 2013 e 2022 e que 67,0% correspondem a mulheres…nos casos em mulheres Portugal foi o país de naturalidade mais referido (71,6%).”
Hoje graças aos avanços biomédicos, as pessoas que vivem com VIH, têm uma esperança de vida equiparada às pessoas sem VIH. Previna-se (com preservativo, Profilaxia pré-exposição, Profilaxia pós-exposição, tratamento como prevenção), teste-se (pode comprar o teste na farmácia e fazer o teste em casa) e inicie o tratamento o mais cedo possível se for necessário. Cuide-se!
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A SERES apresenta Conversas na Positiva, para uma maior literacia em VIH, inserido no seu projecto SERESilient, com o apoio da AHF.Neste quinto vídeo (de uma série de 10): Eu escolho revelar o meu diagnóstico – parte 2. (Esta é a nossa 21ª Conversas na Positiva).Este é um video que fazia falta para as pessoas recém-diagnosticadas mas também para as/os profissionais de saúde na área do VIH e não só. Mais Informação para menos preconceito.Com Raquel Freire | Isabel Nunes | Judite Corte-Real, e a nossa convidada especial Enf. Catarina Esteves Santos.A todas o nosso Obrigada!
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A SERES apresenta Conversas na Positiva, para uma maior literacia em VIH, inserido no seu projecto SERESilient, com o apoio da AHF.Neste quarto vídeo (de uma série de 10): Eu escolho revelar o meu diagnóstico – parte 1. (Esta é a nossa 20ª Conversas na Positiva).Este é um video que fazia falta para as pessoas recém-diagnosticadas mas também para as/os profissionais de saúde na área do VIH e não só. Mais Informação para menos preconceito.Com Raquel Freire | Isabel Nunes | Judite Corte-Real, e a nossa convidada especial Enf. Catarina Esteves Santos.A todas o nosso Obrigada!
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A SERES apresenta Conversas na Positiva, para uma maior literacia em VIH, inserido no seu projecto SERESilient, com o apoio da AHF.Neste segundo vídeo (de uma série de 10): Efeitos secundundários da TARV – parte 2.Com Raquel Freire | Isabel Nunes | Judite Corte-Real, e a nossa convidada especial Dra. Cristina Valente.A todas o nosso Obrigada!Encontre o vídeo no nosso Facebook aqui, e no Youtube.
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A SERES apresenta Conversas na Positiva, para uma maior literacia em VIH, inserido no seu projecto SERESilient, com o apoio da AHF.Aquando do Dia do Zero Estigma Associado ao VIH, assinalado no dia 21 de julho, iniciamos uma nova série, após 16 vídeos já gravados. Neste primeiro vídeo (de uma série de 10): Estigma e Estigma Internalizado.O estigma é uma doença social que tem a capacidade de afetar ainda mais as pessoas que vivem com o VIH do que o próprio vírus. Com tanta informação disponível já não faz sentido os preconceitos, a discriminação e o estigma que ainda prevalecem. Mas infelizmente ainda existe. Por isso é importante falarmos sobre o estigma e o estigma internalizado.Com Raquel Freire | Isabel Nunes | Judite Corte-Real, e a nossa convidada especial Dra. Sílvia Ouakinin.A todas o nosso Obrigada!
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A SERES apresenta Conversas na Positiva, para uma maior literacia em VIH, com o apoio da Gilead.
O vídeo VIH positivo, e agora?, é um vídeo que fazia falta para as pessoas recém-diagnosticadas mas também para as equipas de saúde e para todas nós que ainda temos dúvidas. Mais Informação para menos preconceito.
Com Isabel Nunes, Raquel Freire e a nossa convidada sempre muito especial, Enf. Catarina Santos.
A todas o nosso Obrigada!
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