VIH
Um diagnóstico positivo ao VIH é sempre um momento assustador. Por isso mesmo é importante que esteja preparada com a melhor arma de todas: Informação. Esclareça aqui todas as suas dúvidas sobre o VIH.
2.6 | Mulheres com deficiência e VIH
O estereótipo social de que as pessoas com deficiência não têm actividades de risco, não usam drogas endovenosas e que na sua vida sexual não estão expostas ao VIH ou outras infeções sexualmente transmissíveis (IST) não é realista. Existem muitas deficiências e/ou incapacidades que não afetam nem a sexualidade nem a actividade sexual.
As adolescentes e adultos com deficiência, tal como os seus pares sem deficiência, podem ser sexualmente ativas, usar drogas e álcool. Mas encontram-se especialmente vulneráveis à infeção pelo VIH devido a diversos factores desde o reduzido acesso à informação e aos recursos para a prática de sexo seguro, aos baixos níveis de escolaridade, à vulnerabilidade à violência e abuso sexual mas sobretudo porque são sistematicamente esquecidas/os nas campanhas de prevenção.
Se considerarmos que a maioria das campanhas é efetuada através de cartazes, folhetos, televisão ou rádio as pessoas com incapacidade auditiva, mental ou visual ficam notoriamente em desvantagem.
Muitas vezes devido à sua deficiência ou incapacidade ficam dependentes de outras pessoas tornando complicado uma ida ao ginecologista, e a locais onde seja possível aceder aos recursos de sexo seguro.
Mas não é só socialmente que a pessoa com deficiência é considerada como um ser assexuado e imune, também as suas cuidadoras, família e profissionais de saúde pensam que a pessoa com deficiência não é passível de adquirir uma infeção sexualmente transmissível (IST) ou infetar-se pelo VIH.
Por outro lado, refere-se a deficiência como uma consequência do viver com VIH/SIDA. Muitas vezes o diagnóstico tardio, as complicações das infeções oportunistas e as consequências do uso prolongado de antirretrovirais podem levar a uma limitação funcional física ou mental.